Acordei com um dia cinzento lá fora.
Vim escrever para uma encosta, abrigado do vento forte. Um imenso mar de nuvens é a minha paisagem.
Ontém à noite tinha estado um frio considerável e hoje de manhã mantém-se. O vento continua a soprar forte o que faz aumentar a sensação de desconforto.
Os meus companheiros dormem, recuperando do esforço da subida de ontém e eu vou observando os grupos que saiem em direcção ao Torre Cerredo, o ponto mais alto do Parque Nacional dos Picos de Europa.
Atrás de mim está o Naranjo de Bulnes ou como se diz em asturiano o Pico Urriellu. Sempre majestoso. Uma meca da escalada em Espanha e dos poucos pontos para esta actividade existentes dentro do perímetro do parque.
O nome Naranjo vem exactamente da tonalidade alaranjada da rocha que o compõe, e Bulnes, por ser a aldeia habitada que fica mais próxima.
Ontém à noite por momentos o nevoeiro dissipou deixando-o ladeado por milhares de estrelas e iluminado apenas pelo reflexo da Lua. Foi um momento inesquecível, vê-lo pela primeira vez e logo tão de perto. Foram os mais belos breves segundos das minhas viagens até então.
Depois de um dia inteiro a subir pelo meio do nevoeiro, com uma visibilidade tão reduzida que estivemos a 15/20 metros de duas camurças sem que elas se apercebecem da nossa presença, ter oportunidade de o ver naquelas condições foi um previlégio.
Só conseguimos identificar o nosso destino final pelo som do gerador do Refúgio de la Vega de Urriellu. Nunca aquele barulho irritante nos pareceu tão doce.
Dormir neste local foi uma sensação magnífica. O jantar, temperado com uma geada forte, que se acumulava em forma de gelo no nosso cabelo, foi partilhado à entrada da tenda e não há nenhuma descrição que possa dar noção da sensação desse momento. Tem de ser vivido, para se poder compreender.
As rajadas de vento continuam e as nuvens negras começam a acumular lá no alto.
Surge mais um nevoeiro repentino que vai encobrindo as tendas e as pequenas ilhas de gelo que ainda subsistem nas encostas desde o último nevão.
Um boião de maçã é a primeira parte do pequeno-almoço. É não, já foi!
Agora, upa! Vamos lá ver se eles já acordaram.
Nota: Esta crónica foi escrita antes de existir o funicular que dá acesso à aldeia de Bulnes. Até há bem pouco tempo (2001) só se tinha acesso a pé por um trilho estreito.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Guia esloveno - em inglês
Durante a viagem à Eslovénia visitei as famosas grutas de Postojna.
São um local absolutamente magnífico e ao qual é incontornável ir.
Embora seja um país onde é fácil encontrar alguém que fale inglês, os eslovenos têm um sotaque muito característico devido à influência eslava da sua língua materna.
Fica aqui um pequeno exemplo. É uma gravação em vídeo que fiz do guia que acompanhou a minha visita.
http://img685.imageshack.us/i/mvi2354.mp4/
São um local absolutamente magnífico e ao qual é incontornável ir.
Embora seja um país onde é fácil encontrar alguém que fale inglês, os eslovenos têm um sotaque muito característico devido à influência eslava da sua língua materna.
Fica aqui um pequeno exemplo. É uma gravação em vídeo que fiz do guia que acompanhou a minha visita.
http://img685.imageshack.us/i/mvi2354.mp4/
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Bujaruelo a Gavarnie - Pirenéus
Vales verdejantes, montanhas com mais de 3000 metros, glaciares, marmotas e a maior cascata da Europa, levar-nos-ía a pensar que se trata de uma expedição reservada a alpinistas. Desenganem-se!
Está ao alcance de quase todos nós. E é já aqui ao lado!
O itinerário inicia-se no Vale de Bujaruelo, situado no limite periférico do Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido em Espanha e termina no circo de Gavarnie no Parc National des Pirénées em França.
Acordar no prado do Vale de Bujaruelo com a neblina a envolver as encostas cobertas de Faias e Abetos, pode aparentemente ser um mau pronuncio. Mas não é!
É o amanhecer na montanha. O inolvidável despertar em contacto com a Natureza.
O orvalho da noite encharcou tudo. A erva parece que acabou de ser regada e sente-se no ar o inconfundível cheiro a “terra molhada”.
A pouco e pouco o nevoeiro vai-se dissipando. Entretanto, na área de acampada e no refúgio começam-se a vêr pequenos grupos de caminheiros preparando-se para iniciar uma nova jornada. Consegue-se identificar facilmente os que, tal como nós, vão fazer ou continuar uma travessia, despedindo-se dos seus companheiros da noite anterior, com quem partilharam informações, experiências, histórias como se fossem velhos conhecidos. É esse o espírito que se vive nos albergues e campings de montanha.
Bujaruelo, apesar do isolamento a que esteve vetado durante séculos, não deixa de ser um local com diversas passagens históricas. Foram vários os povos que se instalaram nestas paragens.
Os Romanos, na época em que dominavam a Península Ibérica, estabeleceram a ligação entre Osca (Huesca) e Tolosa (Toulouse) através desta fronteira.
Mas a história mais curiosa talvez seja a do Carteiro de Bujaruelo.
Na II Guerra Mundial, durante a ocupação de França por parte das tropas Nazis, este habitante do Vale de Torla teve um papel importante nas relações transfronteiriças, devido ao perfeito conhecimento do terreno que possuía. Foi elevado a heroi local, dado que por inúmeras vezes serviu de apoio às acções da Resistência Francesa.
Deixamos o carro junto ao refúgio (a 1338 metros) e com as mochilas às costas atravessamos a bonita ponte romana de San Nicolás, que cruza o Rio Ara, para iniciarmos o percurso que nos levará encosta acima em direcção à fronteira Franco-Hispana situada a Nordeste.
O caminho é inicialmente constituído por rocha polida pelas chuvas e degelos, ladeado dos inúmeros arbustos e pinheiros que nos protegem do sol que entretanto despontou.
À medida que subimos vamos tendo uma perspectiva do belíssimo vale, das encostas que vão surgindo à nossa frente, e sobretudo do Rio Ara proveniente do Maciço do Vignemale que apresenta uma côr azul-turquesa, dada a sua transparência. Entretanto, um casal de águias voa majestoso pelas escarpas da Serra Escusana, na tentativa de caçar uma gralha que a pouco e pouco vai encurralando.
Ao avistarmos a Cabaña de “Eléctricas”, que serve de abrigo aos viajantes nas tempestades repentinas, a paisagem muda e o trilho constituído por cascalho, torna a subida mais difícil. Este é sem dúvida alguma, o trecho mais duro da travessia. Como é do conhecimento geral, é conveniente começar os percursos nas primeiras horas do dia. Neste itinerário este pormenor assume particular importância, porque o sol só atinge a área mais descampada do trilho ao final da manhã. Assim, evita-se a desidratação e sobretudo um consumo suplementar de água, que seria necessário carregar dada a inexistência de uma fonte ao longo de todo o caminho. Mas hoje está nublado, e no final da subida começamos a ouvir alguns trovões no Maciço Central. O tempo nestas montanhas muda rapidamente. Assim, temos de estar preparados para todas situações, nomeadamente as tempestades ao final da tarde.
A terceira fase da subida (a partir dos 2100 metros) é em parte efectuada através de um pequeno prado que se encontra no final da escarpa dos Picos Gabieto (3065 metros). Este local é o habitat de inúmeras marmotas que “chiam” dando o alerta aquando da nossa passagem. É possível vê-las subindo as encostas de calhau ou simplesmente fugindo pela erva em direcção à entrada duma toca. Com o seu ar patusco e a sua pelagem castanha-dourada são um regalo para a máquina fotográfica de um qualquer viajante.
A fronteira de Puerto de Bujaruelo (Port de Boucheron para os Franceses) é um collado a 2273 metros que dá acesso quer ao Vale des Pouey D’Áspé, quer ao Refúgio des Sarradets. O refúgio situa-se junto um dos fenómenos geológicos mais espantosos dos Pirenéus. A mítica Brecha de Rolando. Uma falha de 40 metros de largura existente na cordilheira principal que permite a passagem entre os dois lados da fronteira. Daí ser a porta de acesso ao Maciço Central pelo lado francês.
Mas o nosso destino é Gavarnie, e para tal descemos em direcção ao vale, enquanto contemplamos na base do Taillón, o belíssimo glaciar des Gabiétous e as suas cascatas, na companhia de manadas, rebanhos de ovelhas e cavalos que vagueiam pelo prado. Convido os meus companheiros a sentarem-se e a “sentirem” o ambiente. Aproveitamos para comer a refeição que traziamos para meio do dia e hidratarmo-nos.
Uma cabana situada no centro do vale serve de referência nos dias de nevoeiro. É uma pena que esteja fechada, pois seria um local óptimo para passar uma noite. No entanto, a proximidade de uma estrada de montanha, será possivelmente a razão do seu encerramento. A experiência diz-nos que uma fácil acessibilidade a este tipo de estruturas, se traduz normalmente na sua degradação e da área envolvente. Infelizmente!
Continuamos a nossa jornada caminhando lado a lado com o riacho des Tourettes, que corre ladeira abaixo em direcção ao nosso destino. Conforme vamos descendo começam a surgir no horizonte os Picos Marboré e Espalda do Marboré, bem como as primeiras quedas de água do Circo de Gavarnie. A Cascata principal é a maior da Europa com 423 metros de altura. Deste local temos uma perspectiva privilegiada da fracção com maior caudal, dado que a avistamo-la de frente e à mesma altitude. Continuando a descer pelo trilho bem definido que serpenteia pela encosta, acedemos ao caminho que se dirige ao Hotel situado na base do Circo de Gavarnie.
A paisagem é simplesmente fantástica.
É impossível ficar indiferente à imponência dos paredões que formam este fenómeno geológico, fruto de milhões de anos de evolução. Quando se observa desde o miradouro situado junto ao Hotel, assemelha-se a uma muralha com três níveis, na qual são efectuadas escaladas no gelo durante o Inverno.
Declarado Património Mundial pela UNESCO, é constituído pela cadeia de cumes formada pelo Marboré, Picos da Cascata, e a Espalda, Torre, e Casco do Marboré, todos eles com altitudes superiores aos 3000 metros.
Diversos grupos provenientes de Gavarnie (1365 metros) deslocam-se ao Hotel a pé, ou montados num cavalo ou burro alugados numa das muitas empresas existentes na vila.
Enquanto tiramos as fotos, ficamos com a sensação que as águas da cascata principal, param a meio, é a ilusão de óptica criada pelo elevado caudal e desnível da mesma. De facto, não há melhor forma de terminar um dia, do que contemplar este magnífico espectáculo da Natureza. É um privilégio, que apenas pode ser constatado no local. Tem de ser vivido. Qualquer descrição que se possa fazer ficará concerteza muito aquém da realidade.
Como ir: Ir até Huesca, daí dirigir-se a Sabiñanigo pela N-330, seguir para Biescas e daí rumar a Torla pela N-260. Seguir a estrada que acede ao Vale de Ordesa e virar à esquerda na Puente de los Navarros (estrada de terra batida).
Quando ir: A melhor época é o Verão, embora seja possivel efectuar o percurso na Primavera (atenção ao degelo) e no Outono.
Onde Ficar (em Espanha): Existem diversos hotéis e hostais em Torla e Broto.
Camping San Nicolás
Refugio San Nicolás
Onde Ficar (em França): Existem diversos hotéis em Gavarnie
Zona de Acampada em Gavarnie
Camping de Gavarnie (a 3 km).
Onde Comer: Existem vários restaurantes nas vilas de Torla e Gavarnie.
Torla e Gavarnie possuem dois mini-mercados.
Material: Não é necessário qualquer material específico.
Calçado apropriado para caminhar (botas), malha polar e impermeável.
Conselhos práticos: Preparar-se fisicamente para os itinerários que programou. Proteja-se do sol. Um chapéu e protector solar são essenciais.
Hidrate-se convenientemente. Beba antes de ter sede.
Informe-se sobre as condições climatéricas antes de iniciar o percurso.
Reservar previamente a dormida em Gavarnie.
Informações: Mapa de Ordesa y Monte Perdido (1:40.000), Ed. Alpina
Oficina de Turismo de Gavarnie – 0034 05 62 92 49 10 / 0034 05 62 92 49 10
www.pirineo.com/ordesa
http://www.ordesa.net/
http://www.turismoruralyaventura.com/
Está ao alcance de quase todos nós. E é já aqui ao lado!
O itinerário inicia-se no Vale de Bujaruelo, situado no limite periférico do Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido em Espanha e termina no circo de Gavarnie no Parc National des Pirénées em França.
Acordar no prado do Vale de Bujaruelo com a neblina a envolver as encostas cobertas de Faias e Abetos, pode aparentemente ser um mau pronuncio. Mas não é!
É o amanhecer na montanha. O inolvidável despertar em contacto com a Natureza.
O orvalho da noite encharcou tudo. A erva parece que acabou de ser regada e sente-se no ar o inconfundível cheiro a “terra molhada”.
A pouco e pouco o nevoeiro vai-se dissipando. Entretanto, na área de acampada e no refúgio começam-se a vêr pequenos grupos de caminheiros preparando-se para iniciar uma nova jornada. Consegue-se identificar facilmente os que, tal como nós, vão fazer ou continuar uma travessia, despedindo-se dos seus companheiros da noite anterior, com quem partilharam informações, experiências, histórias como se fossem velhos conhecidos. É esse o espírito que se vive nos albergues e campings de montanha.
Bujaruelo, apesar do isolamento a que esteve vetado durante séculos, não deixa de ser um local com diversas passagens históricas. Foram vários os povos que se instalaram nestas paragens.
Os Romanos, na época em que dominavam a Península Ibérica, estabeleceram a ligação entre Osca (Huesca) e Tolosa (Toulouse) através desta fronteira.
Mas a história mais curiosa talvez seja a do Carteiro de Bujaruelo.
Na II Guerra Mundial, durante a ocupação de França por parte das tropas Nazis, este habitante do Vale de Torla teve um papel importante nas relações transfronteiriças, devido ao perfeito conhecimento do terreno que possuía. Foi elevado a heroi local, dado que por inúmeras vezes serviu de apoio às acções da Resistência Francesa.
Deixamos o carro junto ao refúgio (a 1338 metros) e com as mochilas às costas atravessamos a bonita ponte romana de San Nicolás, que cruza o Rio Ara, para iniciarmos o percurso que nos levará encosta acima em direcção à fronteira Franco-Hispana situada a Nordeste.
O caminho é inicialmente constituído por rocha polida pelas chuvas e degelos, ladeado dos inúmeros arbustos e pinheiros que nos protegem do sol que entretanto despontou.
À medida que subimos vamos tendo uma perspectiva do belíssimo vale, das encostas que vão surgindo à nossa frente, e sobretudo do Rio Ara proveniente do Maciço do Vignemale que apresenta uma côr azul-turquesa, dada a sua transparência. Entretanto, um casal de águias voa majestoso pelas escarpas da Serra Escusana, na tentativa de caçar uma gralha que a pouco e pouco vai encurralando.
Ao avistarmos a Cabaña de “Eléctricas”, que serve de abrigo aos viajantes nas tempestades repentinas, a paisagem muda e o trilho constituído por cascalho, torna a subida mais difícil. Este é sem dúvida alguma, o trecho mais duro da travessia. Como é do conhecimento geral, é conveniente começar os percursos nas primeiras horas do dia. Neste itinerário este pormenor assume particular importância, porque o sol só atinge a área mais descampada do trilho ao final da manhã. Assim, evita-se a desidratação e sobretudo um consumo suplementar de água, que seria necessário carregar dada a inexistência de uma fonte ao longo de todo o caminho. Mas hoje está nublado, e no final da subida começamos a ouvir alguns trovões no Maciço Central. O tempo nestas montanhas muda rapidamente. Assim, temos de estar preparados para todas situações, nomeadamente as tempestades ao final da tarde.
A terceira fase da subida (a partir dos 2100 metros) é em parte efectuada através de um pequeno prado que se encontra no final da escarpa dos Picos Gabieto (3065 metros). Este local é o habitat de inúmeras marmotas que “chiam” dando o alerta aquando da nossa passagem. É possível vê-las subindo as encostas de calhau ou simplesmente fugindo pela erva em direcção à entrada duma toca. Com o seu ar patusco e a sua pelagem castanha-dourada são um regalo para a máquina fotográfica de um qualquer viajante.
A fronteira de Puerto de Bujaruelo (Port de Boucheron para os Franceses) é um collado a 2273 metros que dá acesso quer ao Vale des Pouey D’Áspé, quer ao Refúgio des Sarradets. O refúgio situa-se junto um dos fenómenos geológicos mais espantosos dos Pirenéus. A mítica Brecha de Rolando. Uma falha de 40 metros de largura existente na cordilheira principal que permite a passagem entre os dois lados da fronteira. Daí ser a porta de acesso ao Maciço Central pelo lado francês.
Mas o nosso destino é Gavarnie, e para tal descemos em direcção ao vale, enquanto contemplamos na base do Taillón, o belíssimo glaciar des Gabiétous e as suas cascatas, na companhia de manadas, rebanhos de ovelhas e cavalos que vagueiam pelo prado. Convido os meus companheiros a sentarem-se e a “sentirem” o ambiente. Aproveitamos para comer a refeição que traziamos para meio do dia e hidratarmo-nos.
Uma cabana situada no centro do vale serve de referência nos dias de nevoeiro. É uma pena que esteja fechada, pois seria um local óptimo para passar uma noite. No entanto, a proximidade de uma estrada de montanha, será possivelmente a razão do seu encerramento. A experiência diz-nos que uma fácil acessibilidade a este tipo de estruturas, se traduz normalmente na sua degradação e da área envolvente. Infelizmente!
Continuamos a nossa jornada caminhando lado a lado com o riacho des Tourettes, que corre ladeira abaixo em direcção ao nosso destino. Conforme vamos descendo começam a surgir no horizonte os Picos Marboré e Espalda do Marboré, bem como as primeiras quedas de água do Circo de Gavarnie. A Cascata principal é a maior da Europa com 423 metros de altura. Deste local temos uma perspectiva privilegiada da fracção com maior caudal, dado que a avistamo-la de frente e à mesma altitude. Continuando a descer pelo trilho bem definido que serpenteia pela encosta, acedemos ao caminho que se dirige ao Hotel situado na base do Circo de Gavarnie.
A paisagem é simplesmente fantástica.
É impossível ficar indiferente à imponência dos paredões que formam este fenómeno geológico, fruto de milhões de anos de evolução. Quando se observa desde o miradouro situado junto ao Hotel, assemelha-se a uma muralha com três níveis, na qual são efectuadas escaladas no gelo durante o Inverno.
Declarado Património Mundial pela UNESCO, é constituído pela cadeia de cumes formada pelo Marboré, Picos da Cascata, e a Espalda, Torre, e Casco do Marboré, todos eles com altitudes superiores aos 3000 metros.
Diversos grupos provenientes de Gavarnie (1365 metros) deslocam-se ao Hotel a pé, ou montados num cavalo ou burro alugados numa das muitas empresas existentes na vila.
Enquanto tiramos as fotos, ficamos com a sensação que as águas da cascata principal, param a meio, é a ilusão de óptica criada pelo elevado caudal e desnível da mesma. De facto, não há melhor forma de terminar um dia, do que contemplar este magnífico espectáculo da Natureza. É um privilégio, que apenas pode ser constatado no local. Tem de ser vivido. Qualquer descrição que se possa fazer ficará concerteza muito aquém da realidade.
Como ir: Ir até Huesca, daí dirigir-se a Sabiñanigo pela N-330, seguir para Biescas e daí rumar a Torla pela N-260. Seguir a estrada que acede ao Vale de Ordesa e virar à esquerda na Puente de los Navarros (estrada de terra batida).
Quando ir: A melhor época é o Verão, embora seja possivel efectuar o percurso na Primavera (atenção ao degelo) e no Outono.
Onde Ficar (em Espanha): Existem diversos hotéis e hostais em Torla e Broto.
Camping San Nicolás
Refugio San Nicolás
Onde Ficar (em França): Existem diversos hotéis em Gavarnie
Zona de Acampada em Gavarnie
Camping de Gavarnie (a 3 km).
Onde Comer: Existem vários restaurantes nas vilas de Torla e Gavarnie.
Torla e Gavarnie possuem dois mini-mercados.
Material: Não é necessário qualquer material específico.
Calçado apropriado para caminhar (botas), malha polar e impermeável.
Conselhos práticos: Preparar-se fisicamente para os itinerários que programou. Proteja-se do sol. Um chapéu e protector solar são essenciais.
Hidrate-se convenientemente. Beba antes de ter sede.
Informe-se sobre as condições climatéricas antes de iniciar o percurso.
Reservar previamente a dormida em Gavarnie.
Informações: Mapa de Ordesa y Monte Perdido (1:40.000), Ed. Alpina
Oficina de Turismo de Gavarnie – 0034 05 62 92 49 10 / 0034 05 62 92 49 10
www.pirineo.com/ordesa
http://www.ordesa.net/
http://www.turismoruralyaventura.com/
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Viajar
Não existem destinos novos, existem novos modos de os conhecer.
Estiveste lá?
Mas será que viste?
Estiveste lá?
Mas será que viste?
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